Teóricas

As atividades teóricas são realizadas quinzenalmente e se constituem na discussão de casos clínicos, seminários e discussão de vinhetas clínicas, realizados pelos membros da Liga.

Na discussão de casos clínicos há o debate de um caso clínico proposto pelos coordenadores docentes com o objetivo de desenvolver o raciocínio clínico-epidemiológico, a partir de uma história real. Os casos são elaborados de forma a simular o raciocínio do dia a dia da prática clínica, explorando os sinais e sintomas, sempre com uma visão ampla, partindo do generalista para as especialidades. Os questionamentos surgidos nesse debate serão expostos na forma de seminário pelos acadêmicos e moderados pelo coordenador docente e médicos convidados. Após a apresentação de cada seminário o grupo de acadêmicos deverá disponibilizar a sua metodologia de pesquisa e, a partir de sua apresentação oral, produzir um texto a ser divulgado na página eletrônica da Liga. Esta também contém links uteis e material de orientação para a discussão dos casos clínicos.

Os casos clínicos são construídos considerando a metodologia “Decisões Clínicas”, buscando driblar os inúmeros vieses e inconvenientes presentes em grande parte dos casos tradicionalmente discutidos na graduação médica:  são sempre reais, editados com antecedência, não presos a qualquer especialidade (em princípio), os títulos são sempre inespecíficos, e a edição é dividida em partes, cada uma contendo um ou mais incidentes críticos para a tomada de decisões, considerando o contexto biopsicosocial do paciente. A grande ênfase é dada nos chamados “sintomas menores”, uma verdadeira epidemia do século XXI. Os incidentes são formulados pelo docente, afinal entendemos que é ele o indivíduo habilitado a direcionar o aprendizado. Os casos editados nas decisões clínicas permitem, ainda, a identificação das várias heurísticas diagnósticas utilizadas pelos médicos.

As vinhetas clínicas consituem o produto de uma entrevista clínica feita, em atividade prática, com pacientes reais internados em enfermaria de clínica médica, pelos membros da liga. Costituem um “resumo” do caso, neste que deverá conter apenas os pontos chaves, o necessário para que qualquer médico generalista consiga, mesmo sem ter visto o paciente, direcionar seu raciocínio e chegar aos diagnósticos mais prováveis. Tais vinhetas são feitas pelos membros nas enfermarias e posteriormente discutidas em reuniões científicas com todos os membros da liga. Nas discussões, juntamente com o professor coordenador (que até então não conhece o caso), é criado o raciocínio clínico a médida que vão revelando-se novos fatos e informações semiológicas.

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